Doação para o Polivalente Benfica

Na última sexta-feira, 18.08.2023 a Escola Estadual Presidente Costa e Silva, conhecida como Polivalente de Benfica, recebeu a doação de livros 18 sobre a história de Juiz de Fora participantes do Projeto Cinturão Cultural, uma parceria do GAAC e do Instituto Müller Hill do Brasil. Os diretores do IMHB Christine e Alexandre Müller Hill Maestrini e a presidente do GAAC Rita Félix entregaram três exemplares de cada livro para a professora Rosa levar para a biblioteca da escola que fica Rua Afonso Garcia, s/n – Benfica, Juiz de Fora, MG, Brazil, 36090-610.

O GAAC lidera o envio dos livros doados pelos autores para as 12 bibliotecas dos bairros de Juiz de Fora escolhidas, eles são também referentes à historiografia negra e periférica do município. O objetivo do Cinturão Cultural é fomentar a leitura da história e da africanidade da comunidade local, bem como despertar o interesse nos alunos para suas próprias histórias e desenvolver o sentido de pertencimento, valorização e autoestima. As 12 bibliotecas serão os pilares de sustentação do Cinturão Cultural em Juiz de Fora e receberão cada uma 3 obras de cada autor de Juiz de Fora ligadas ao tema.

A Escola Estadual Presidente Costa e Silva foi escolhida pois oferece Ensino Fundamental, Médio e Técnico, nos turnos da manhã, tarde e noite. Na foto abaixo e na direita a diretora da escola Elizete , na esquerda a supervisora do turno da manhã da escola e ao fundo a professora Rosa.

As seis obras doadas em cima da mesa e disponíveis na biblioteca para consulta são (da esquerda para a direita em cima da mesa):

1) Com a obra “Controle Social e Pobreza” o professor Jefferson de Almeida Pinto procurou entender o processo de controle social formal e informal sobre a pobreza urbana de Juiz de Fora entre os anos de 1876 e 1922, período histórico chamado de passagem à modernidade. A mendicância e vadiagem era imputada aos grupos mais pobres e de origem africana, crioula e escravista.

2) O livro “O negro – Trabalho, sobrevivências e conquistas” questiona onde estavam os negros após a abolição? Onde estavam na história, nos livros didáticos e nas narrativas? Foi o silêncio que estimulou a cientista social professora Dr. Rita de Cássia Souza Félix Batista numa das mais vultuosas pesquisas sobre a memória negra em Juiz de Fora após 1888. As páginas em branco de seu livro fazem referência ao apagamento do negro na história da cidade e do país após a abolição.

2) Em seu livro “Negras memórias da Princesa de Minas: Memórias e representações sociais de práticas religiosas de matriz africana”, resultado de sua dissertação de mestrado em psicologia social, a pesquisadora Gilmara Santos Mariosa retrata o padre e uma irmandade formada por negros escravizados e libertos e práticas religiosas ainda hoje marginalizadas pelo racismo

3) Resgate histórico do autor Alexandre Müller Hill Maestrini, Franz Hill – Diário de um Imigrante Alemão – é a síntese entre a Memória, a História e a Literatura. São as desventuras de seus antepassados, que deixaram o pequeno vilarejo de Wendelsheim, na Europa Germânica e se aventuraram na difícil travessia pelo mar em 1858 para se instalarem na Cidade do Parahybuna.

4) No livro “Os trabalhadores e a cidade: a formação do proletariado de Juiz de Fora e suas lutas por direitos (1877-1920)” – o professor Luís Eduardo de Oliveira analisa a formação e a expansão do mercado de mão de obra, atentando para os sentidos políticos e as repercussões na opinião pública dos movimentos deflagrados pelo proletariado local e suas associações classistas em prol de melhores condições de trabalho.

6) No seu terceiro livro “Lindolfo Hill – um outro olhar para a esquerda“, o autor Alexandre Müller Hill Maestrini resgata e apresenta as lutas do personagem, seu tio-avô, com seus ideais sempre voltados para as classes mais necessitadas. Na clandestinidade após perder o mandato, Lindolfo mantém-se na linha política do PCB. Somente em 2022 foi restituído o título de vereador pela CMJF.

Doações à EE Almirante Barroso

Nesta última sexta-feira dia 11.08.2023 a EE Almirante Barroso recebeu a doação dos livros do Projeto Cinturão Cultural do GAAC em parceria com o Instituto Müller Hill do Brasil. Fomos recebidos pela professora de português e literatura Roberta Graziella Tavela (foto abaixo esquerda) que nos fez as honras e nos apresentou para a diretora da escola Maria Elizabete Delgado de Oliveira (foto abaixo direita).

Depois de uma palestra do presidente Alexandre Müller Hill Maestrini (foto abaixo) sobre as seis obras doadas à escola com a presença das alunas e alunos do terceiro ano e professores. Nosso futuro!

A vice-diretora Janaína Ovídio de Carvalho (foto abaixo) recebeu as doações e agradeceu o apoio à escola.

Na cerimônia de encerramento os diretores do Instituto Müller Hill do Brasil Christine e Alexandre Müller Hill Maestrini (foto abaixo), representando o Projeto Cinturão Cultural do GAAC, receberam presentes da professora de português e literatura Roberta Graziella Tavela (foto abaixo)

A Escola Estadual Almirante Barroso, localizada na Praça Duque de Caxias s/n no bairro Benfica na cidade de Juiz de Fora, foi criada pela Lei n.º 781 de 09 de julho de 1941, com denominação de Escolas Urbanas Presidente Vargas. Na época o operário Luciano José da Silva procurou um oficial da Fábrica Juiz de Fora, junto com outros serventuários, e solicitaram a criação de uma escola onde pudessem colocar seus filhos que estavam sem instrução. O valor do terreno foi doado pelo Governador Benedito Valadares Ribeiro e a construção do edifício foi paga pelo Ministério da Guerra. Em 29/11/1946 receberam a nova denominação de Escolas Reunidas “Almirante Barroso”. Em 06/07/1974 a Secretaria de Estado de Educação renomeou-a como Escola Estadual Almirante Barroso 1.º grau. Em 1989 foi cedida a extensão das 5.ª às 8.ª séries, assegurando aos alunos e alunas o término do Ensino Fundamental nesta mesma escola e em 13/01/2009 foi inserido o Ensino Médio e hoje a escola conta com um total de 1302 entre alunas e alunos.

Encerrando a doação dos livros fomos conhecer a biblioteca da escola e recebidos pela bibliotecária da escola Flávia Rocha da Silva Lima (foto acima esquerda), pela professora de português e literatura Roberta Graziella Tavela (foto acima centro) e pela supervisora Tatiana Trindade Chagas (foto acima direita). Foram doados três exemplares da cada obra com histórias de Juiz de Fora, num total de 18 livros

(1. da esquerda para direita foto acima) Resgate histórico do autor Alexandre Müller Hill Maestrini, Franz Hill – Diário de um Imigrante Alemão – é a síntese entre a Memória, a História e a Literatura. São as desventuras de seus antepassados, que deixaram o pequeno vilarejo de Wendelsheim, na Europa Germânica e se aventuraram na difícil travessia pelo mar em 1858 para se instalarem na Cidade do Parahybuna.

(2. da esquerda para direita foto acima) No livro – “Os trabalhadores e a cidade: a formação do proletariado de Juiz de Fora e suas lutas por direitos (1877-1920)” – o professor Luís Eduardo de Oliveira analisa a formação e a expansão do mercado de mão de obra, atentando para os sentidos políticos e as repercussões na opinião pública dos movimentos deflagrados pelo proletariado local e suas associações classistas em prol de melhores condições de trabalho.

(3. da esquerda para direita foto acima) No seu terceiro livro “Lindolfo Hill – um outro olhar para a esquerda“, o autor Alexandre Müller Hill Maestrini e professor de alemão do Instituto Autobahn resgata e apresenta as lutas do personagem, seu tio-avô, com seus ideais sempre voltados para as classes mais necessitadas. Na clandestinidade após perder o mandato, Lindolfo mantém-se na linha política do PCB. Somente em 2022 foi restituído o título de vereador pela CMJF.

(4. da esquerda para direita foto acima) Com obra “Controle Social e Pobreza” o professor Jefferson de Almeida Pinto procurou entender o processo de controle social formal e informal sobre a pobreza urbana de Juiz de Fora entre os anos de 1876 e 1922, período histórico chamado de passagem à modernidade. A mendicância e vadiagem era imputada aos grupos mais pobres e de origem africana, crioula e escravista.

(5. da esquerda para direita foto acima) O livro “O negro – Trabalho, sobrevivências e conquistas” questiona onde estavam os negros após a abolição? Onde estavam na história, nos livros didáticos e nas narrativas? Foi o silêncio que estimulou a cientista social e professora Dr. Rita de Cássia Souza Félix Batista numa das mais vultuosas pesquisas sobre a memória negra em Juiz de Fora após 1888. As páginas em branco de seu livro fazem referência ao apagamento do negro na história da cidade e do país após a abolição.

(6. da esquerda para direita foto acima) Em seu livro “Negras memórias da Princesa de Minas: Memórias e representações sociais de práticas religiosas de matriz africana”, resultado de sua dissertação de mestrado em psicologia social, a pesquisadora Gilmara Santos Mariosa retrata o padre e uma irmandade formada por negros escravizados e libertos e práticas religiosas ainda hoje marginalizadas pelo racismo.